Balanço da Fase Final de Futebol de 11 da FADU

Já desde Fevereiro que não publicava nenhum post neste blog pois achava que vinha-se a falar (escrever) demais sobre o NUFAA e era preciso acima de tudo concentrar as atenções no trabalho de campo.

Agora que a fase final terminou, gostaria de fazer uma análise a este torneio.

Assim, analisando o sorteio, desde logo penso que nos calhou a fava porque se é verdade que na primeira fase tinha-mos a vantagem de ver primeiro os adversários a jogar, tinhamos a desvantagem de fazer 2 jogos apenas no 2º dia nos espaço de 3 horas!!! Isso implicaria um esforço físico que conscientemente sabia que não estávamos preparados, e uma ansiedade grande por sermos a última equipa a jogar (fora a rábula da falta de comparência das equipas de Lisboa).

O primeiro jogo encarei-o com o máximo de cuidado possível, e considerei-o o jogo mais importante do torneio! Por diversas razões: por ser o nosso primeiro jogo; por o adversário ter ganho o primeiro jogo; pela (má) experiência do torneio do ano passado; porque uma derrota face à vitória do ISEP sobre a FADEUP no jogo inicial, colocava-nos imediatamente fora do torneio; porque manifestamente treinamos aquém do que deveríamos; e por todos os acontecimentos estranhos que houveram esta época. O desenrolar do jogo deu-me razão: um adversário com um futebol muito difícil, bombeando inenterruptamente bolas para as corridas dos seus avançados e procurando defender com muitos elementos e de uma forma muito aguerrida - era preciso não sofrer golos ou então dáva-mos-lhes uma vantagem psicológica muito grande! O 0x0 final mantinha as nossas esperanças de apuramento acesas e a depender de nós próprios e colocava de fora do torneio a equipa da FADEUP o que anímicamente podia ser importante para nós no jogo contra este adversário. Num jogo fraco, em que não conseguimos atacar com acutilância, valeu o empenho e a forma como não nos deixamos surpreender na defesa.

Para o segundo jogo, conquistamos logo uma vantagem, a de conseguir que o começo do jogo fosse apenas às 14:00 em vez das 13:00 o que nos permitiu almoçar, retemperar forças e esquecer o 1ºjogo. Sabia que a FADEUP era um adversário bem melhor que o ISEP, apesar da derrota enganadora do jogo entre ambos: melhor individualmente, técnicamente e fisicamente, pareceu-me terem pontos fracos na defesa. Se conseguíssemos marcar em primeiro, teríamos vantagem anímica que poderia prevalecer sobre o cansaço físico que teríamos na parte final do jogo. Felizmente assim aconteceu! O 2x0 no final da primeira parte era justíssimo, jogamos bom futebol, atacamos pelos flancos e com transições rápidas após recuperação da bola e defendemos em bloco, conseguindo anular os pontos fortes adversários (avançado, 1x1 dos extremos e a dinâmica do capitão da equipa). Na 2ª parte a história foi diferente: o adversário marcou cedo, meteu mais homens na frente e nessa altura trememos e foi preciso puxar de qualidades como garra, entre-ajuda e muito, mesmo muito sacrifício! A festa final foi merecida porque fizémos por isso! A nossa vitória foi feliz - mérito ao adversário que tinha qualidade - mas veio com um ano de atraso! A espinha encravada tinha saído!

Na meia-final defrontamos um adversário que já tinhamos jogado no II TA da FADU do IPLeiria. Uma equipa forte, coesa, com jogadores federados e por isso, que erra pouco. Tentamos alinhar uma equipa que procurá-se defender bem e que permitisse fazer transições rápidas. Mesmo dominando territorialmente, o adversário apenas criou uma oportunidade de golo na 1ª parte com um remate à barra. Ao intervalo estava satisfeito porque jogávamos e trabalhávamos em equipa, mas para a 2ª parte tinhamos de fazer mais caso contrário seria difícil ganhar. Durante a 2ª parte, os jogadores começaram a "perder o respeito" pelo adversário, começaram a acreditar e senti o adversário a começar a cometer erros na defesa e meio-campo: quando fizémos a dupla-substituição (Hélio e Zé Carlos por Pedro Luciano e Bóia) a 15 minutos do fim, o objectivo era continuar a crescer e marcar golo. As 2 grandes ocasiões que tivémos fizeram-nos sonhar e quando sofremos o golo perto do fim, estávamos por cima do adversário. Logo a seguir uma expulsão... e o 2x0 quando já jogávamos com o coração. Parabéns ao adversário que fez o seu trabalho e marcou no momento certo. Acho que foi um campeão universitário justo!- estava certo quando na palestra do último jogo no II TA disse que não era a mesma coisa apurar-se o IPCA ou IPLeiria...

No jogo do 3º e 4º lugar, calhou-nos a Academia Militar que apenas tinha feito 1 jogo antes e fisicamente eram a melhor equipa do torneio. O golo sofrido cedo, nem permitiu disfarçar este facto com a grande atitude que demontramos ao longo do torneio. O jogo estava resolvido cedo e assim ficou até final. Não podia exigir mais aos jogadores do que aquilo que derem!

Queríamos trazer para Aveiro uma medalha, tivémos perto nas meias-finais de o conseguir, mas ainda assim trouxemos um lugar muito honroso, e os jogadores dignificaram e muito, mesmo muito, as cores da universidade e da academia e a camisola do NUFAA! Após um ano muito difícil, a alegria de termos feito a melhor classificação desde que a fase final se disputa nos moldes actuais, e as lembranças de companheirismo, amizade e alegria que vivemos!